Crítica: Divergente

“I don’t want to be just one thing. I can’t be. I want to be brave, and I want to be selfless, intelligent, and honest and kind. Well, I’m still working on kind.”

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Divergente pega carona com o sucesso de “Jogos Vorazes” (comparação inevitável) para entregar uma trama repleta de referências a adolescência (como a escolha do “que quer ser quando crescer”, por exemplo). Embora tenha boas cenas de ação e um clímax interessante, Shailene Woodley não conseguiu me convencer como Jennifer Lawrence, em Jogos Vorazes.

A história me pareceu bastante interessante (gosto do tema de possíveis futuros), mas sua evolução na trama é clara no roteiro, e Shailene continua com a mesma carinha “careta” durante toda a projeção. Mas o filme não é de todo ruim, não me entendam mal. Gostei. Mas a história de uma mocinha querendo salvar o novo mundo, já foi muito bem filmada anteriormente, e aqui o conceito apenas se repete, com novos personagens e dilemas pessoais.

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Divergent (2014). Direção: Neil Burger. Elenco: Shailene WoodleyTheo JamesKate Winslet.

Primeiro trailer do filme “Antes da Meia-Noite”

A história você já conhece: casal se conheceu em um trem a caminho de Viena e acabou se apaixonando, alguns anos depois de Antes do Amanhecer, o casal se reencontrou na cidade luz, Paris, em Antes do Pôr-do-Sol.

Mais alguns depois (dezoito para ser mais exato) e a notícia de que Antes da Meia-Noite terá sua estreia em 2013 (no Brasil ainda sem data de estreia), confira o trailer abaixo:

TNT exibe a Entrega do Oscar neste domingo

maxiRubens_EwaldQuem serão os grandes eleitos pela tradicional Academia de Artes e Ciências Cinematográficas em 2013? A pergunta de onze entre dez amantes da sétima arte mais uma vez será respondida pela TNT, que no domingo, dia 24 de fevereiro, a partir das 20h30*, exibe a festa completa do 85º Oscar®.

Ao vivo, a transmissão começará com o pré-show, que este ano terá Sabrina Parlatore e Fred Lessa escalados para comentar a chegada e o desfile dos astros e estrelas do cinema pelo glamoroso tapete vermelho.

Mais tarde, às 21h30*, o público acompanha a premiação em todas as categorias do evento com as observações do crítico Rubens Ewald Filho. Já no palco do Dolby Theatre, esta edição terá como host o comediante Seth MacFarlane, que promete momentos de descontração entre os emocionados discursos de agradecimento.

Durante toda a transmissão, o canal disponibilizará o áudio original em inglês, por meio do recurso da tecla SAP.

*Horário de Brasília. Programação sujeita a alterações sem aviso prévio.

Screen Actors Guild Awards 2013

Aconteceu ontem a entrega dos SAG Awards 2013.  Promovido anualmente pelo sindicato americano de atores Screen Actors Guild, as indicações aos prêmios são realizadas por 4.200 membros escolhidos ao acaso pelo sindicato, de um total de aproximadamente 120.000 membros habilitados a votarem. Têm sido um dos maiores eventos em Hollywood desde 1995 (perdendo apenas para o Oscar).

Como melhor elenco de um filme, o grande vencedor foi Argo, saindo da noite como um provável ganhador do Oscar. O filme realmente é um dos meus preferidos do ano. Estavam indicados na mesma categoria: O Exótico Hotel Marigold, Os Miseráveis, Lincoln e O Lado Bom da Vida.

O prêmio de Melhor Ator, foi para o já esperado Daniel Day-Lewis por Lincoln. Muito merecido, uma atuação forte e de extrema competência. Estavam indicados na mesma categoria: Bradley Cooper por O Lado Bom da Vida, John Hawkes por The Sessions, Hugh Jackman por Os Miseráveis, e Denzel Washington por Flight.

Jennifer Lawrence, ganhou como Melhor Atriz por O Lado Bom da Vida, eu particularmente adoro o filme e acho que Jennifer vem crescendo como atriz. Ela está impressionante no papel e é muito provável que também ganhe no Oscar. Estavam indicados na mesma categoria: Jessica Chastain por A Hora Mais Escura, Marion Cotillard por Ferrugem e Osso, Helen Mirren por Hitchcock, e Naomi Watts pela sua impressionante atuação em  O Impossível.

O prêmio de Melhor Ator Coadjuvante foi para Tommy Lee Jones por Lincoln, embora não creio ter sido merecido. Preferiria que tivesse ganho Robert de Niro por O Lado Bom da Vida, também indicado e um dos melhores papéis de sua carreira. Estavam concorrendo: Alan Arkin por Argo (excelente como sempre, se tivesse ganho eu teria gostado), o grande Javier Bardem por 007 – Operação Skyfal, e Philip Seymour Hoffman por O Mestre.

Como Melhor Atriz Coadjuvante, sem nenhuma surpresa, Anne Hathaway foi a grande vencedor por Os Miseráveis (confesso que estou bastante ansioso pelo filme). Estavam indicados também: Sally Field por Lincoln (gostei muito dela no filme), Helen Hunt por The Sessions, Nicole Kidman por The Paperboy, e Maggie Smith por O Exótico Hotel Marigold.

Nas séries, Modern Family ganhou o prêmio de melhor elenco na comédia e Downton Abbey para o Drama (embora ainda prefira Breaking Bad). Alec Baldwin ganhou como melhor ator em 30 Rock e Tina Fey como melhor atriz, também por 30 Rock  – ambos no categoria de Comédia. Já no drama, Bryan Cranston ganhou por Breaking Bad (muito merecido) e Claire Danes por Homeland (também merecido).

Agora é esperar pelos Oscars!

Crítica: O Lado Bom da Vida

“The only way to beat my crazy was by doing something even crazier. Thank you.”

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O título me ganhou de cara, e como fiquei sabendo que o filme só estrearia no Brasil em Fevereiro preferi ler o livro antes (no mês passado) e fiquei encantado com a história. Uma leitura rápida e objetiva que conta a história de Pat lidando com a dúvida de por que seu relacionamento acabou. No filme, Bradley Cooper da vida ao personagem inspirado no livro, de uma forma tão impressionante e real, que me arrisco a dizer: melhor papel de sua carreira.

Gostei muito das diversas alterações propostas pelo roteirista e diretor David O. Russell (O Lutador e Três Reis), ele simplesmente muda características e personalidades chaves de alguns personagens, mas que nada altera o resultado final do filme (que não se propõe em ser uma cópia do livro).

A história é simples e humilde. Quando Pat descobre a traição de sua ex mulher, é internado em uma clínica para tratar sua agressividade e bipolaridade. Sua mãe (a ótima Jacki Weaver) o retira da clínica após 8 meses, alegando que seu filho pode continuar o tratamento em casa e continuar sua análise com o Dr. Cliff (Anupam Kher – uma surpresa agradável, diga-se de passagem). Seu amigo Ronnie (John Ortiz) o apresenta a Tiffany (Jennifer Lawrence), irmã de sua esposa que também sofre de problemas psiquiátricos, mas que irá ajudá-lo a suprir a saudade de sua ex-mulher, por quem ainda é apaixonado.

Fazia muito tempo que eu não saia do cinema, com aquele sorriso no rosto e sensação de: “assisti a um filme muito bacana”. Fiquei muito feliz com suas 8 indicações ao Oscar, principalmente para a de Direção e Edição. A edição é tão ágil e frenética que ela se encaixa na narrativa com uma leveza que poucos editores conseguem fazer e a câmera na mão, faz toda a diferença na hora de mostrar as agonias dos personagens.

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Robert De Niro esta impecável como o patriarca da família, ao mesmo tempo rabugento e descontrolado é capaz de transmitir amor mesmo tendo seu filho como uma aposta em um concurso de dança. Fazia muito tempo que eu não o via tão a vontade em um papel. E o que dizer de Chris Tucker (o comediante chato de A Hora do Rush), aqui interpreta um colega de clínica de Pat e consegue mostrar que é um bom ator.

Às vezes engraçados, outras dramático na medida e com uma pitada de romance, O Lado Bom da Vida consegue superar a literatura, nos brindando com uma história bonita e bem contada, daqueles que você irá lembrar com carinho daqui alguns anos.

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Silver Linings Playbook (2012). Direção: David. O. Russell . Elenco: Bradley Cooper, Jennifer Lawrence, Robert De Niro, Jacki Weaver e Chris Tucker. 

Ashton Kutcher como Steve Jobs em duas novas fotos

Divulgado hoje,  duas novas imagens do filme jOBS, cinebiografia que traz o ator Ashton Kutcher no papel de Steve Jobs, fundador da Apple. A previsão de estreia nos Estados Unidos é em Abril de 2013 e o filme esta sendo dirigido por Joshua Michael Stern (Promessas de um Cara de Pau). Confira as fotos:

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Confira os ganhadores do Globo de Ouro 2013

Melhor Filme – Drama: Argo
Não tenho muito como opinar pois não vi todos os indicados, mas gostei bastante de Argo e o considero superior a “As Aventuras de Pi” (também indicado). 

Melhor Filme – Comédia ou Musical: Os Miseráveis
Também não assisti a quase nenhum dos indicados (quando o Brasil vai aproximar ainda mais a janela de exibição dos Estados Unidos?)

Melhor Ator – Drama: Daniel Day-Lewis por Lincoln
Sem nenhuma surpresa, ganhou o que realmente era favorito pelo prêmio.

Melhor Atriz – Drama: Jessica Chastain por A Hora Mais Escura
Preferiria Naomi Watts que esta incrível no filme “O Impossível”. 

Melhor Ator – Comédia ou Musical: Hugh Jackman por Os Miseráveis
Acredito ter sido, realmente, o nome mais forte da lista.

Melhor Atriz – Comédia ou Musical: Jennifer Lawrence por O Lado Bom da Vida
Estou bastante ansioso pelo filme (já li o livro e gostei muito). O papel que Jennifer interpreta no filme é bastante complexo, e por ter ganho, acredito que deve ter feito um excelente trabalho. 

Melhor Ator Coadjuvante: Christoph Waltz por Django Livre
Não tenho visto boas críticas do novo filme de Tarantino, mas que ele sempre consegue boas interpretações de seus atores, ele consegue. Prova disso é que Christoph Waltz, ganha mais um Globo de Ouro sob sua regência.

Melhor Atriz Coadjuvante: Anne Hathaway por Os Miseráveis
Acho que teria outros nomes melhores que Anne para o prêmio, mas dizem que ela ganhou por uma única cena do filme, onde canta ao vivo a música: I Dreamed a Dream. É a nova queridinha de Hollywood, ao lado de Jennifer Lawrence.

Melhor Diretor: Ben Affleck por Argo
Ganhar de Spielberg, Tarantino e Ang Lee, não é tarefa fácil – ainda mais quando é esnobado pelo Oscar (não sendo indicado). Argo funciona e acho que o prêmio é merecido sim. 

Melhor Filme de Animação: Valente
Eu não gosto de Valente, acho uma animação super estimada e sem brilho. Uma cópia de “Irmão Urso” sem nada de novo a acrescentar. Detona Ralph, por outro lado, foi um novo sopro dos Estúdios Disney e infinitamente superior – uma pena não ter levado o prêmio. 

Melhor Filme Estrangeiro: Amor
Melhor Roteiro: Django Livre
Melhor Música: 007 – Operação Skyfall: “Skyfall”
Melhor Trilha Sonora: As Aventuras de Pi

Melhor Série de TV – Drama: Homeland
Melhor Série de TV – Comédia ou Musical: Girls
Melhor Mini-Série ou Filme feito para TV: Virada no Jogo
Melhor Ator de Série de TV – Drama: Damian Lewis por Homeland
Melhor Atriz de Série de TV – Drama: Claire Danes por Homeland
Melhor Ator de Série de TV – Comédia ou Musical: Don Cheadle por House of Lies
Melhor Atriz de Série de TV – Comédia ou Musical: Lena Dunham por Girls
Melhor Ator em Mini-Série ou Filme feito para TV: Kevin Costner por Hatfields & McCoys
Melhor Atriz em Mini-Série ou Filme feito para TV: Julianne Moore por Virada no Jogo
Melhor Ator Coadjuvante em Mini-Série ou Filme feito para TV: Ed Harris por Virada no Jogo
Melhor Atriz Coadjuvante em Mini-Série ou Filme feito para TV: Maggie Smith por Downton Abbey

Crítica: Sete Psicopatas e um Shih Tzu

“An eye for an eye leaves the whole world blind.”

ImagemAssistir Sete Psicopatas e um Shih Tzu foi incrivelmente surpreendente. Eu já havia gostado do trailer do filme, embora este não mostre muito do mesmo, mas mesmo assim, me deixou um tanto quanto curioso.

Resumindo: Marty (interpretado por um Colin Farrell bastante entusiasmado) é um escritor pouco experiente que não encontra inspiração para seu novo roteiro, chamado “Sete Psicopatas”. Seu melhor amigo é Billy (interpretado por Sam Rockwell), um ator desempregado e ladrão de cachorros que quer ajudá-lo. As ideias inusitadas de Billy colocam Marty na mira do gângster temperamental, Charlie (Woody Harrelson), que não pensaria duas vezes antes de matar qualquer pessoa que pusesse as mãos em seu cachorro.

O diretor e roteiro ficou a cargo de Martin McDonagh (Na Mira do Chefe), que mais uma vez apresenta uma estrutura narrativa inteligente, mas não muito bem encaixada (como em seu primeiro filme), diálogos rápidos em uma história construída em cima da metalinguagem do filme dentro do filme. 

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Confesso que nunca fui muito fã de Christopher Walken, mas aqui ele esta impagável como o ladrão de cachorros ao lado de Billy, e seu papel esta repleto de grandes referências sutis e não sutis ao cinema de Gangster e Terror. É com ele uma das melhores cenas do filme, quando simplesmente se recusa a levantar as mãos para um outro ladrão armado, simplesmente porque não quer.

Todos os atores foram muito bem dirigidos por McDonagh, que mostra firmeza na sua direção (este é apenas o seu segundo filme) ao mesmo tempo que deixa os atores se divertirem em cena. Vale lembrar também que Colin Farrell retorna a parceria com o diretor (Na Mira do Chefe também é protagonizado por Farrell). Woody Harrelson interpreta aqui o maior psicopata/assassino da trama, cujo cachorro foi roubado por Billy, e que faz de tudo para recuperá-lo – sem medir esforços.

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O único ponto negativo que vejo é realmente a sua edição, que embora seja amarrada por um roteiro afiado, por vezes torna-se confuso ao ponto de não sabermos o que realmente os personagens buscam e um clímax morno, comparado ao filme como um todo. Mas em nada atrapalha a diversão e boas risadas desta comédia despretensiosa que deverá agradar a um público sedento de comédias inteligentes.

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Seven Psychopaths (2012). Direção: Martin McDonagh . Elenco: Colin Farrell, Sam Rockwell, Michael Stuhlbarg, Michael Pitt, Christopher Walken e Woody Harrelson.